segunda-feira, 1 de julho de 2013

O professor que doutrinou o aluno


A Copa das Confederações chegou ao fim, mas deixou um legado de aprendizados para o Brasil. Aprendemos que jamais devemos desconfiar da Seleção Brasileira, a única pentacampeã mundial. Que não podemos duvidar da nossa capacidade de se sediar um espetáculo para o mundo inteiro acompanhar. E que, principalmente quando a competição é oficial, o torcedor fecha com o time, mesmo estando desconfiado de termos ou não um time pronto pra jogar,  se temos falhas em algum setor, ou se aquele determinado jogador tão especulado ficou de fora da lista oficial.

E foi assim que o Brasil conquistou mais uma Copa das Confederações, a quarta para nós. Estive presente ao Maracanã e fiz parte das mais de 73 mil vozes que cantou à capela determinado trecho do hino nacional. O mesmo hino que marcou ao longo do torneio. Desde o primeiro jogo, em Brasília, a torcida já tinha continuado o canto mesmo após a música do estádio ter se encerrado. Ali estava a primeira dica que seríamos campeões. A emoção de cada jogador estava clara. 

 

De um lado estava essa seleção que tinha um misto de emoção, qualidade e família Scolari. Do outro, a temida Espanha que vinha como grande favorita por ser a atual campeã do mundo e que não perdia há anos. Mas quando o jogo começou, o Brasil mostrou aos espanhóis que um aluno jamais será melhor que o professor.

A partida terminou em 3 a 0 para nós, mas poderia ser muito mais. Fred e Oscar ainda no primeiro tempo poderiam aumentar o resultado, mas David Luiz e Julio Cesar também foram fundamentais para que o placar elástico fosse mantido. O zagueiro do Chelsea tirou em cima da linha o chute de Pedro após contra ataque rápido da Espanha e fez o Maracanã vir abaixo como se fosse um gol. Já o goleiro, eleito o craque da posição ao longo da Copa dos Confederações, fez mais três defesas importantes. Sérgio Ramos ainda cobrou um pênalti para fora e também ajudou nos 3 a 0.

Se a defesa conseguiu segurar o ataque adversário, sobrou para os atacantes colocarem a bola nas redes do goleiro Casillas. Neymar, eleito melhor jogador da final (pela quarta vez) e também do torneio, deixou seu gol. Fred que foi contestado ao longo da competição marcou os outros e ficou ao lado de Fernando Torres como artilheiro, ambos com 5 gols. Mas não podemos nos esquecer dos outros jogadores da Seleção.

Hulk mostrou que no futebol a disciplina técnica tem sua importância. Deixou Lucas, um dos principais destaques desse time no banco. Paulinho mostrou o porquê é considerado o melhor volante do país. Luiz Gustavo que às vezes não é tão comentado cuidava da proteção à zaga. Impecável não só na final, mas em todas as cinco partidas do Brasil. Marcelo e Dani Alves também foram fundamentais no Maracanã. Já Oscar foi muito abaixo da média, sentiu a pressão de ser o articulador dessa Seleção. Talvez aí esteja uma das posições que Felipão precisa tomar cuidado para conquistar a Copa do Mundo em 2014. Felipão que, aliás, merece menção honrosa. Fez em poucos meses o que Mano Menezes não conseguiu fazer em quase três anos. Montou um time com elenco forte, deu padrão de jogo a ele e o resultado foi à doação de cada jogador pelo companheiro em campo. 

Mandamos para casa cabisbaixos a Espanha, atual número 1 do ranking da FIFA e calamos a boca de todos que preferiram apoiar times de fora do que a nossa própria Seleção. 

Não deve ser esquecido o show da torcida durante o jogo. Em momento algum houve críticas, sempre apoiando o time, vaiando o adversário, empurrado os jogadores e gritando “olé” e “o campeão voltou” ainda na primeira etapa. O mundo viu que realmente somos o país do futebol, tanto dentro, como fora de campo. Viram também que somos o país da festa, já que o encerramento do torneio não ficou abaixo de nenhum outro grande evento do mundo. 

E que venha 2014!

Maracanã

Resolvi fazer esse tópico a parte para falar mais sobre o novo Maracanã. O caminho ao estádio – saindo de Copacabana – foi tranquilo. Chegamos lá por volta das 16 horas, 3 horas antes do início da partida, e não tivemos nenhuma dificuldade. Sinalizações ao longo do estádio mostravam qual era à entrada de cada um dos quatros setores. Já lá dentro as indicações para se sentar no local marcado no ingresso deixava claro para onde cada torcedor deveria se dirigir.

Os banheiros estiveram limpos durante todo o tempo em que estive lá dentro, muito cheirosos por sinal. No intervalo havia uma pequena fila em um dos banheiros masculinos, mas era de se imaginar, já que é o único momento em que grande parte do estádio resolve dar uma passada por lá. 

Quanto a comida, realmente muito caro. R$12,00 um copo de cerveja, R$8,00 uma pão com salsicha que deveria ser um hot dog e R$10,00 um saco de pipoca. Espero que isso possa ser resolvido para a Copa do Mundo.

Se eu pudesse dar uma final geral para o jogo e estádio seria um 8. A emoção de estar lá presente foi  única na minha vida. Espero se Deus quiser voltou ao Maracanã na final da Copa do Mundo, mas se isso não vier a acontecer, poderei contar para as minhas próximas gerações tudo que foi vivido naquelas seis horas que fiquei dentro do estádio.

Um grande abraço a todos os leitores, até a próxima.

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