terça-feira, 24 de junho de 2014

O investimento feito no Mané Garrincha gera resultados positivos


Na última quinta-feira (19), estive no estádio Mané Garrincha, em Brasília, para acompanhar a partida que terminou na vitória da Colômbia por 2 a 1 sobre a Costa do Marfim, válida pela segunda rodada do grupo D da Copa do Mundo de 2014. E me surpreendi com a qualidade do espetáculo.

Preciso dividir em alguns itens a minha avaliação para deixar tudo bem explicado.

O estádio

Foi gasto mais de um bilhão de reais no investimento do Mané Garrincha. Parece assustador um valor desses para a construção do estádio, mas, ao menos, o produto final é totalmente satisfatório. A chegada e saída do estádio é feita com muita facilidade, da mesma forma que as entradas em qualquer setor. Havia uma pequena fila para passar o ingresso na catraca, mas nada que passasse de cinco minutos.

A revista é muito bem feita com detectores que lembram os de aeroportos. Após isso, as placas de indicação estavam bem sinalizadas e os voluntários a todo o mundo ajudavam quem precisava de ajuda.

Para chegar até a minha cadeira foi simples e tranquilo. O estádio é magnífico! Banheiro limpos, várias lanchonetes para atender o público (os preços estavam bem altos, mas para um padrão de Copa do Mundo, infelizmente não se pode mudar muita coisa), acessos fáceis, enfim, não há do que reclamar.

O jogo

A seleção da Colômbia vem forte para este Mundial, mesmo sem a principal estrela do time, Falcão Garcia. Os ótimos Cuadrado e James Rodrigues são os pilares deste time, junto com o zagueiro e capitão Yepes, que, aliás, é um dos grandes ídolos da torcida. A cada jogada que ele disputava era uma festa nas arquibancadas.

Ainda precisam corrigir muita coisa no time, principalmente no ataque, mas eles têm tudo para incomodar no mata-mata.

A torcida

Que maravilha! Dos quase 80 mil presentes, me arrisco a dizer que 75% dos presentes eram colombianos que apoiavam o time a todo o tempo com uma energia fora do comum.

Eles foram muito receptivos com nós, brasileiros. A todo o instante queriam tirar fotos e quando pedíamos o mesmo a eles, nenhum se negava a sair em um retrato.

O Mané Garrincha quase veio abaixo em dois momentos: na execução do hino colombiano e no gol de James Rodrigues. Inclusive, neste último instante veio a cena do jogo que precisa ser descrita.

Um rapaz de 20 e poucos anos, eufórico com o gol, subiu na cadeira e começou a pular. Imediatamente um brasileiro o chamou e repreendeu a atitude. O jovem, então, envergonhado com a atitude, disse em bom espanhol "Me perdoe. A emoção é muito grande, não consegui me conter. Vocês (brasileiros) têm cinco mundiais, então é normal esse momento, mas, para nós que há 16 anos não disputávamos uma Copa, é impossível não agir desta forma".

O pós jogo

Após a partida, a festa foi para o entorno do estádio. Brasileiros e colombianos se misturavam para dançar e pular sem medo algum. Era ritmo colombiano daqui, músicas brasileiras de cá, mas ninguém se importava com isso, o importante era interagir.

A minha interação se deu quando troquei um bandeira do Brasil por uma da Colômbia. Tive que insistir um pouco para que a mulher aceitasse a troca, mas, no final, até foto ela pediu para tirarmos.

O que deixo de aprendizado deste jogo é que a Copa do Mundo deveria acontecer todo ano, porque a festa dentro e fora de campo é única!
 
O lado externo do estádio Mané Garrincha (Foto: Veja)
 

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